8 de Dezembro de 1941: Roosevelt declarou guerra ao Japão com o carro de Al Capone
Depois do ataque japonês a Pearl Harbour a 8 de Dezembro de 1941, Franklin D. Roosevelt, o presidente dos EUA, proferiu em Washington o discurso onde apelou à declaração de guerra ao Japão. Mas poucos terão conhecimento de que o presidente foi transportado até ao Congresso no Cadillac de Al Capone...
Foi o que aconteceu há 70 anos. Os EUA estavam relutantes quanto ao seu envolvimento na II Guerra Mundial e a indecisão foi a fragilidade que permitiu que a armada imperial japonesa atacasse a frota americana do Pacífico, sediada em Pearl Harbour. O ataque surpresa levado a efeito no dia 7 de Dezembro de 1941 foi devastador, mas o presidente Franklin D. Roosevelt só reagiu no dia seguinte com o discurso no Congresso que apelou à declaração de guerra às forças do "Eixo" (Japão, Alemanha e Itália).
Ao longo das 24 horas que mediaram entre o ataque e o famoso "discurso da infâmia", os serviços secretos americanos entraram em frenesim, receando algum atentado ao presidente durante a sua deslocação para o Congresso, tanto mais que a Casa Branca não dispunha de nenhum carro blindado, nem o poderia comprar porque a lei vigente impedia que fossem gastos mais de 750 dólares na aquisição de uma viatura presidencial, um valor irrelevante para custear um automóvel à prova de bala.
No entanto, o gangster de Chicago tinha muito mais com que se preocupar. Depois de passar pela penitenciária de Alcatraz, fora libertado devido ao estado avançado da sífilis que o afligia, provocando-lhe graves distúrbios mentais, pelo que talvez nem se tenha apercebido que o automóvel que o fez deslocar para onde quer que fosse, tinha entrado para a história dos EUA.
Franklin D. Roosevelt utilizou este Cadillac blindado até 1942, altura em que recebeu uma versão, também blindada, do Lincoln de 1939, preparada especialmente pela Ford, que fez um acordo de leasing com a Casa Branca, que passou a pagar anualmente 500 dólares, contornando assim a limitação legal que ainda continuava a impedir o presidente de adquirir um automóvel com um custo superior a 750 dólares.
Hoje ninguém sabe nada sobre o Cadillac que Barak Obama vai ceder a Donald Trump, mas o tecto orçamental que era imposto à presidência nos tempos de Franklin D. Roosevelt nem deveria chegar para pagar hoje os mega-pneus à prova de bala da "besta", caso eles tivessem preço de mercado...